quinta-feira, outubro 17, 2002

O amor morre de fome
Sempre ouvi dizer que o amor é como uma planta ,
precisa de cuidado para viver.
O amor é uma planta que se alimenta de carinho,
cuidado e atenção.
Depende disso para viver, assim como uma planta
necessita de água, luz e calor.
Acontece que as pessoas , não têm mais tempo para
cuidar do amor..muito menos de plantas!
Estão muito ocupadas em ganhar dinheiro, adquirir
bens e conhecimento, conhecimento este que acreditam ser sabedoria.
Terrível engano!!! ... o amor é a única coisa que o
dinheiro não nos traz, o amor não se adquire e nenhum
conhecimento é bastante sem amor, pois só através dele
se consegue enxergar a verdadeira sabedoria.
O que torna o sábio, sábio, é olhar o mundo com amor,
com interesse, esse interesse que nós negamos a
demostrar em nome da sobrevivência, do progresso e do
poder.
O poder é solitário. E a solidão é o mal do século,
do mundo. As pessoas estão cada vez mais sozinhas.
Reclamam da solidão , mas nada fazem para que ela
acabe, ou não se instale em suas vidas.
O amor precisa de carinho e cuidado para não morrer e
estamos muito ocupados em nosso dia a dia para
perceber que estamos deixando o tão ansiado amor morrer.
O amor precisa de carinho e cuidado para não morrer.
O amor se alimenta de atenção , de carinho e cuidados
diários. E ao contrário do que se pensa, não requer
grandes esforços, muito menos dinheiro ou inteligência.
Necessita apenas de sensibilidade, de querer e mais
que tudo, do próprio amor.
O amor se alimenta de sorrisos, ligações feitas no
meio do dia só para dizer: Tô com saudade, te amo,
estava pensando em você, ou no meio da noite só para
dizer boa noite, gostaria que você estivesse aqui.
De Mensagens deixadas na secretaria eletrônica, de
presentes sem datas, de flores, de músicas dedicadas ao
seu amor, de poesias enviadas por e-mail , carta ou
florista, de bom dia.
O amor se alimenta de passeios de mãos dadas, de
planos e sonhos sonhados juntos, de planos, de café da
manhã na cama, de dormir agarradinho, de acordar
agarradinho, de apelido secreto, de passeios ao luar, de
silêncio compartilhado.
Só com alguém que se ama muito se pode ficar em
silêncio sem deixar de estar sozinho.
O amor se alimenta de cinema com pipoca, beijo na
boca, de olhos nos olhos e de coração aberto ao amor.
Mas estamos sempre muito ocupados para enxergar que
estamos deixando de alimentar o amor, muito menos de
ouvir os mudos apelos do coração amado.
Acabamos deixando para amanhã ... achamos sempre que
dará tempo depois ... depois eu ligo, depois eu digo que
te amo, amanhã a gente se vê, na próxima semana , no mês
que vem.
Quando nos damos conta o tempo passou e onde havia a
bela , exuberante e próspera árvore do amor , existe
agora o vazio da solidão.
Pense nisso..viva mais..ame mais..alimente seus
sonhos, mas não se perca da realidade.

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